Ontem, quando fui dormir, apesar de ter sido um dia especial, senti um aperto no peito, uma coisa doída que vinha do peito, uma mistura de dor e apatia. Eu apenas fechei os olhos e respirava fundo, inspirava e expirava. Não sei por que motivo mas uma nuvem espessa se abateu sobre mim, uma espécie de luto. Era como se minha sombra se afastasse de mim. Eu me senti como se estivesse completamente sozinho no mundo. Na verdade, não senti dor mas um vazio. Era como se tudo se calasse dentro de mim, e eu esperasse apenas a hora da morte, que não chegava.

Comentários

Murilo disse…
A mais absoluta prova de genialidade que um artista pode dar é não
desviar-se nunca da sua concepção, da sua idéia, do seu princípio, e de
fazê-lo com tanta firmeza que nunca perca o controle sobre esta verdade,
não renunciando a ela mesmo que isto custe o prazer do seu trabalho
(Tarkovski, 1990: 90).

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