Os filmes que mexeram comigo
Eu gosto tanto do cinema (ou melhor, o cinema me é tão caro) porque houve (há) um conjunto de filmes que mudaram (vêm mudando) a minha vida, que me fizeram ser outra pessoa, ou melhor, que me fizeram descobrir quem eu realmente era, para além das máscaras que as pessoas (as coisas, as situações) nos empurram, ou até que nós mesmos nos colocamos. Há outros filmes que eu admiro muitíssimo, e outros que certamente são muito mais importantes ou melhores que estes abaixo listados, mas não é disso que se trata aqui: estes são os filmes que estão na minha mesinha de cabeceira, os que levarei comigo para toda a minha vida. Filmes que são como “amigos”: ainda que imperfeitos, são os que nos confortam nos momentos de desespero e que brindam conosco nas (parcas) conquistas. Ei-los:
Categoria “Primórdios”
Ladrões de Bicicletas, de Vittorio de Sica
O Anjo Azul, de Joseph Sternberg
A Última Gargalhada, de F. W. Murnau
Nostalgia, de Andrei Tarkowsky
Categoria “Eureka!”
Não Amarás, de Krzsyztof Kieslowski
A Dupla Vida de Veronique, de Krzsyztof Kieslowski
Asas do Desejo, de Wim Wenders
Silver City, de Wim Wenders (curta)
Categoria “Cinema Brasileiro”
Aopção, de Ozualdo Candeias
Estética da Solidão, dos Irmãos Pretti
Estranho Triângulo, de Pedro Camargo
Categoria “Amadurecimento”
Walden, de Jonas Mekas
Jeanne Dielman, de Chantal Akerman
Gertrud, de Carl Dreyer
Crônica de Anna Magdalena Bach, de Jean-Marie Straub e Danielle Huillet
Categoria “Surpresas Arrebatadoras”
A Loja da Esquina, de Ernst Lubitsch
Kes, de Ken Loach
O Sol do Marmeleiro, de Victor Erice
Categoria “Cinema Contemporâneo”
Japón, de Carlos Reygadas
Los Muertos, de Lisandro Alonso
Esta lista é curiosa porque tiveram diretores que me impactaram (me impactam) de forma muito profunda, mas pelo sentido de sua obra como um todo, e não pelo impacto individual de um único filme: Ozu, Bresson, e até mesmo Bergman e Antonioni. Além desses, eu poderia listar pelo menos mais uns trinta filmes que mexeram muito comigo, mas não de forma tão intensa.
Categoria “Primórdios”
Ladrões de Bicicletas, de Vittorio de Sica
O Anjo Azul, de Joseph Sternberg
A Última Gargalhada, de F. W. Murnau
Nostalgia, de Andrei Tarkowsky
Categoria “Eureka!”
Não Amarás, de Krzsyztof Kieslowski
A Dupla Vida de Veronique, de Krzsyztof Kieslowski
Asas do Desejo, de Wim Wenders
Silver City, de Wim Wenders (curta)
Categoria “Cinema Brasileiro”
Aopção, de Ozualdo Candeias
Estética da Solidão, dos Irmãos Pretti
Estranho Triângulo, de Pedro Camargo
Categoria “Amadurecimento”
Walden, de Jonas Mekas
Jeanne Dielman, de Chantal Akerman
Gertrud, de Carl Dreyer
Crônica de Anna Magdalena Bach, de Jean-Marie Straub e Danielle Huillet
Categoria “Surpresas Arrebatadoras”
A Loja da Esquina, de Ernst Lubitsch
Kes, de Ken Loach
O Sol do Marmeleiro, de Victor Erice
Categoria “Cinema Contemporâneo”
Japón, de Carlos Reygadas
Los Muertos, de Lisandro Alonso
Esta lista é curiosa porque tiveram diretores que me impactaram (me impactam) de forma muito profunda, mas pelo sentido de sua obra como um todo, e não pelo impacto individual de um único filme: Ozu, Bresson, e até mesmo Bergman e Antonioni. Além desses, eu poderia listar pelo menos mais uns trinta filmes que mexeram muito comigo, mas não de forma tão intensa.
Comentários
um grande abraço.
ricardo.
agradeço os seus comentarios sobre os meus pequenos longas. O impacto do "Estética da Solidão" sobre os meus trabalhos é indiscutível, especialmente no sentido plástico: meu primeiro curta feito após o Estética foi o Entremeio, que é outra coisa em relação ao Casulo, imediatamente anterior. Aliás, vocês é que montaram o Entremeio.
Tudo bem?
Eu também aprecio vários dos filmes listados. E por falar em Lisandro Alonso, cujo trabalho admiro cada vez mais, você tem alguma expectativa com relação ao argentino La León, lançamento da Moviemobz?
O filme tem ligação direta ao trabalho de Alonso em uma observação distanciada de um personagem e seu cotidiano.
Um abraço.
bom saber que você anda gostando dos trabalhos do Lisandro Alonso. Eu tinha pensado que vocês não tinham gostado muito dos LOS MUERTOS nem do LIBERTAD (não foi você que me falou que nele a câmera avança antes do personagem?). Sim, nutro grande expectativa pelo LA LEON, que passou no Festival do Rio mas infelizmente não consegui ver. É uma grande felicidade ver que esse filme vai ser lançado comercialmente aqui no Rio pela Moviemobz. Aliás, já houve uma pré-estréia mas de novo não pude ir (era uma sexta às 21:30 se não me engano).
esse comentário do luiz não sou eu (luiz pretti). é um outro luiz. eu realmente tenho ressalvas com relação aos filmes do lisandro alonso. o respeito por fazer cinema ousado na américa latina, coisa que sabemos é muito difícil de se fazer, mas me parece que o super estimam como cineasta. me parece que ele ainda está engatinhando e não sabe ainda muito bem o que que ele quer dizer. além disso, acho que ele é um autor esquemático. tudo muito bem computado. aguardo para ver os outros filmes dele. ainda não vi o liverpool. tem gente que respeito e admiro gosta muito dele (você, por exemplo). quem sabe eu não mudo de opinião.
abs.
luiz pretti
foi mal, realmente percebi q nao era vc mas depois q postei hehe, mas nao tem problema. qto as suas observacoes, como sempre otimas, respondo q acho otimo o lisandro alonso nao "saber muito bem o q quer dizer", pq estou cansado de gente q "sabe exatamente o q quer dizer". Vc tem razao qto ao fato de ele ser esquematico, o lance é q eu adoro filmes esquemáticos (ou melhor, esquemáticos dessa forma, e não esquemáticos como Syd Field ou Ken Loach). Os meus próprios filmes são EXTREMAMENTE esquemáticos, talvez por isso goste tanto dele e do Reygadas, outro q é bem esquemático. Dizem q o LIVERPOOL é bem diferente dos outros filmes, q agora ele se esntregou de fato ao campo da ficção. Aguardo com ansiedade, será q vem pro Festival do Rio que está chegando............... abs
Tudo bem?
Ia responder que você estava confundindo os nomes, mas você mesmo já o fez. Conseguiu assistir ao La León?
Esquemático no sentido da repetição da autoralidade? Como no caso de Tsai?
Acho que o que importa no cinema de Alonso e de Otheguy (La León) é o percurso interno dos personagens e a observação à distância deles.
Um abraço.
vi sim o LA LEON. Vou rever esse final de semana para escrever, com calma, a respeito. Aí te respondo com mais calma, pois esse filme - para mim - merece uma certa calma para ser analisado, ainda que a impressão não tenha sido enormemente positiva.
Falando nisso, LISANDRO ALONSO CONFIRMADO NO FESTIVAL DO RIO!! YUPIIII!!!
A Premiere Latina 2008 está excepcional: Lucrecia Martel, Pablo Trapero, Lisandro Alonso e ainda um longa antigo de Ripstein.
Não vejo a hora de poder assisti-los.
Um abraço.