De punho cerrado
Vivo
De punho cerrado
Não dou tapa
Dou um murro
Amo
De punho cerrado
Não dou a face
Eu a uso
Como escudo
Meu punho fere
Qual punhal
Lança ocre
Mortal
Nesse castelo de mim mesmo
Ninguém entra
Que não seja convidado
E por entre as frestas deste punho
Não há luz
Nem poesia
Como um machado
De ourives nobre
E matéria podre
Comentários