MFL: Quando Morri...
Quando Morri na Baía de Guanabara, de Dellani Lima
Dellani Lima foi a mais grata surpresa da MFL. Comprova que os melhores filmes brasileiros são da vanguarda mineira. “Quando Morri” é um filme-zen: lembra que a transcendência se dá a partir da observação, da contemplação e da repetição. Com isso é levemente sarcástico: o som (em loop) dos corvos (gaivotas) sobrevoando o mar insere múltiplas camadas de significado, quando um som nitidamente falso dá um tom ligeiramente sombrio e ameaçador ao que poderia ser um filme bucólico. Um filme, é claro, de linguagem: o mar, o tempo, a repetição, o ciclo. E o inusitado. Mas o que me perturbou, vendo-o no cinema, são os corvos (na minha cabeça são corvos), quase gralhas que invadem de forma perturbadora mas íntima, poética, lírica, a essência desse local perdido, desse lugar-nenhum, desse lugar “acolhedoramente triste” que poderia ser minha casa.
Dellani Lima foi a mais grata surpresa da MFL. Comprova que os melhores filmes brasileiros são da vanguarda mineira. “Quando Morri” é um filme-zen: lembra que a transcendência se dá a partir da observação, da contemplação e da repetição. Com isso é levemente sarcástico: o som (em loop) dos corvos (gaivotas) sobrevoando o mar insere múltiplas camadas de significado, quando um som nitidamente falso dá um tom ligeiramente sombrio e ameaçador ao que poderia ser um filme bucólico. Um filme, é claro, de linguagem: o mar, o tempo, a repetição, o ciclo. E o inusitado. Mas o que me perturbou, vendo-o no cinema, são os corvos (na minha cabeça são corvos), quase gralhas que invadem de forma perturbadora mas íntima, poética, lírica, a essência desse local perdido, desse lugar-nenhum, desse lugar “acolhedoramente triste” que poderia ser minha casa.
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