Flores Partidas
Flores Partidas
De Jim Jarmusch
Unibanco Arteplex 1 dom 16:30
**
Eu sou um dos adeptos de que o cinema de Jarmusch atingiu um esgotamento. Depois de dois trabalhos extremamente inventivos como Stranger than Paradise e Down by Law, Jarmusch tentou por vezes plagiar a si mesmo (Uma Noite sobre a Terra, ...) ou tentar um cinema metafísico ambicioso mas que tendia ao vazio (Dead Man, Ghost Dog). Mas esse Flores Partidas atraiu a minha simpatia pela “modéstia” do tema, e como Jarmusch fez um sutil trabalho de direção. Diretamente chupado de um lado de A História Real, de david Lynch, e de outro, dos filmes de Wes Anderson e da performance de Bill Murray em Encontros e Desencontros, Jarmusch faz um filme simples sobre a dúvida. Os tempos largos, a ausência de ação, as elipses, o tipo da comédia desengonçada que no fundo nos faz atenuar o drama: efeitos que se não são novos são apresentados com sentimento por Jarmusch. Um entremeio saudável, respiro para outros projetos a vir. A bela história do solteirão a procura do seu filho é narrada com um olhar humano por Jarmusch. Alguns cacoetes (sonhos estilizados, um vizinho um tanto estereotipado, etc.) ainda quebram parte do encanto do filme, mas quando o filme se concentra na questão do tempo e do silêncio, acerta. Quando apela para os trocadilhos e para os jogos verbais típicos dos primeiros filmes de Jarmusch por incrível que pareça o filme afunda. Mas é o tipo de filme que gosto de ver, porque me diz coisas (oh)
De Jim Jarmusch
Unibanco Arteplex 1 dom 16:30
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Eu sou um dos adeptos de que o cinema de Jarmusch atingiu um esgotamento. Depois de dois trabalhos extremamente inventivos como Stranger than Paradise e Down by Law, Jarmusch tentou por vezes plagiar a si mesmo (Uma Noite sobre a Terra, ...) ou tentar um cinema metafísico ambicioso mas que tendia ao vazio (Dead Man, Ghost Dog). Mas esse Flores Partidas atraiu a minha simpatia pela “modéstia” do tema, e como Jarmusch fez um sutil trabalho de direção. Diretamente chupado de um lado de A História Real, de david Lynch, e de outro, dos filmes de Wes Anderson e da performance de Bill Murray em Encontros e Desencontros, Jarmusch faz um filme simples sobre a dúvida. Os tempos largos, a ausência de ação, as elipses, o tipo da comédia desengonçada que no fundo nos faz atenuar o drama: efeitos que se não são novos são apresentados com sentimento por Jarmusch. Um entremeio saudável, respiro para outros projetos a vir. A bela história do solteirão a procura do seu filho é narrada com um olhar humano por Jarmusch. Alguns cacoetes (sonhos estilizados, um vizinho um tanto estereotipado, etc.) ainda quebram parte do encanto do filme, mas quando o filme se concentra na questão do tempo e do silêncio, acerta. Quando apela para os trocadilhos e para os jogos verbais típicos dos primeiros filmes de Jarmusch por incrível que pareça o filme afunda. Mas é o tipo de filme que gosto de ver, porque me diz coisas (oh)
Comentários
Gostei muito desse filme também.
Me fez pensar na vida, no tempo que perdemos. de como as vezes ficamos parados com relação aos acontecimentos em nossa volta e quando os percebemos, podemos refletir e mudar.
Termino aqui!
p.s. estou gostando do Renoir!