mais um video caseiro
Um Filme Abstrato – parte II
(MiniDV, 7´)
Sim, Um Filme Abstrato virou uma série oficialmente, e consegui romper a fronteira da “parte I”. O projeto, agora, é quiçá, que se transforme em um longa, formado dessas partes. Para isso, preciso de oito ou nove partes como essa, e aos pouquinhos, sem nenhuma pressa ou pretensão de se concretizar, o projeto vai sendo feito...
A premissa dessa parte II foi a de que é possível fazer um filme sem imagem e sem som. É a idéia de ir “purificando”, de ir reduzindo o filme ao seu essencial, de ir simplificando a artesania do filme, radicalizando a proposta de tal forma, que, no limite, um filme poderia ser feito sem imagem e sem som. Seria isso possível?
É claro que Um Filme Abstrato não é isso. Ele tem tanto imagem quanto som. Mas a imagem é “pura”; o som é “puro” (se é que isso é possível...). É um filme feito exclusivamente de sensações, de sons e imagens os mais primários possíveis. Outra novidade: a imagem é totalmente feita no computador. Ou seja, um filme sem câmera. Meu primeiro filme sem câmera.
Os sons e as cores se imbricam, se multiplicam, se fundem. Os sons tornam-se coloridos; as cores exalam sonoridades. “Cartelas” com cores e “cartelas” com sons. O ritmo. Rimas e paralelismos. Proximidades e oposições. Outra coisa: planos rápidos, de dois frames. Isso é uma grande inovação tendo em vista meus lentíssimos trabalhos....
Um Filme Abstrato é também um filme religioso, já que vi, com muita atenção, os quadros de Mark Rothko (por fotos) e os hand painted films de Stan Brakhage, a quem dedico este trabalho. Talvez alguns achem engraçado, e há de fato um certo humor naive, mas no fundo é um trabalho religioso. Um exercício de purificação. É um trabalho despretensioso, um exercício de linguagem, mas no fim achei o resultado válido, embora esteja longe de ser mais típico das coisas que venho fazendo (o que a parte I com certeza era). Mas gostaria de ver esse trabalho num cinema, num lugar fechado. Quem sabe a série fique pronta até fevereiro para a Mostra do Filme Livre? Isso, se enfim eu estiver mesmo por lá........
(MiniDV, 7´)
Sim, Um Filme Abstrato virou uma série oficialmente, e consegui romper a fronteira da “parte I”. O projeto, agora, é quiçá, que se transforme em um longa, formado dessas partes. Para isso, preciso de oito ou nove partes como essa, e aos pouquinhos, sem nenhuma pressa ou pretensão de se concretizar, o projeto vai sendo feito...
A premissa dessa parte II foi a de que é possível fazer um filme sem imagem e sem som. É a idéia de ir “purificando”, de ir reduzindo o filme ao seu essencial, de ir simplificando a artesania do filme, radicalizando a proposta de tal forma, que, no limite, um filme poderia ser feito sem imagem e sem som. Seria isso possível?
É claro que Um Filme Abstrato não é isso. Ele tem tanto imagem quanto som. Mas a imagem é “pura”; o som é “puro” (se é que isso é possível...). É um filme feito exclusivamente de sensações, de sons e imagens os mais primários possíveis. Outra novidade: a imagem é totalmente feita no computador. Ou seja, um filme sem câmera. Meu primeiro filme sem câmera.
Os sons e as cores se imbricam, se multiplicam, se fundem. Os sons tornam-se coloridos; as cores exalam sonoridades. “Cartelas” com cores e “cartelas” com sons. O ritmo. Rimas e paralelismos. Proximidades e oposições. Outra coisa: planos rápidos, de dois frames. Isso é uma grande inovação tendo em vista meus lentíssimos trabalhos....
Um Filme Abstrato é também um filme religioso, já que vi, com muita atenção, os quadros de Mark Rothko (por fotos) e os hand painted films de Stan Brakhage, a quem dedico este trabalho. Talvez alguns achem engraçado, e há de fato um certo humor naive, mas no fundo é um trabalho religioso. Um exercício de purificação. É um trabalho despretensioso, um exercício de linguagem, mas no fim achei o resultado válido, embora esteja longe de ser mais típico das coisas que venho fazendo (o que a parte I com certeza era). Mas gostaria de ver esse trabalho num cinema, num lugar fechado. Quem sabe a série fique pronta até fevereiro para a Mostra do Filme Livre? Isso, se enfim eu estiver mesmo por lá........
Comentários
Eu terminei de ver os curtas, e agora falta o "média".
Mas só quero comentar quando tiver terminado todos, pois sinto neles um forte entrelaçamento, todos são interligados em seus temas, linguagem e forma (excetuando-se alguns "semi-documentários" - já q vc mistura ficção e documentário: Tesouro do Samba; Natal; e Spencer).
Agora vou procurar pelo seu arquivo alguns textos sobre seus outros filmes.
Depois, volto.
Abraços.