Ontem fui ver a primeira cópia de O POSTO na Labocine. Pois é, depois de 3 anos, chegou o momento: o filho ficou pronto. É claro, o cenário foi perfeito: chovia, ninguém da equipe pôde ir, então estava eu e os dois coordenadores da Estácio, representando os produtores. Fiquei mais preocupado com os detalhes técnicos: os créditos em ritmo de samba, a marcação de luz, os saltos com os erros da montagem de negativo, em como ficou o som pós-ótico, os eternos arranhões do negativo na copiagem, etc, etc.

Mesmo com todos os atropelos, com todos os carmas e todas as dificuldades, o filme sobreviveu. Não é meu trabalho mais radical, não é meu trabalho mais pessoal (eu sinceramente cheguei a achar que era), mas é meu primeiro filme, todos os outros eram exercícios, experiências, preparações para o trabalho que “estava por vir”. E o tal trabalho era exatamente esse. Que afinal está pronto. É o que posso falar por enquanto. Resta a fatídica participação nos imbecis festivais; resta a dolorosa reação das pessoas. Nada que eu não esteja preparado. Pelo menos é o que acho no momento.

E o que é O POSTO? Eu prefiro dizer que o maior dos elogios seria dizer que se trata de um “pequeno conto moral contemporâneo”, um pequeno filme sobre a mesquinhez da condição humana, sobre a transitoriedade da vida, ou ainda sobre como o poder é uma grande ilusão. É também, numa outra dimensão, uma pequena declaração de princípios do que eu espero que o cinema seja, uma espécie de “colocar-se à prova” como cineasta. Mas talvez eu já esteja me adiantando. Esperemos sua primeira exibição.

Comentários

Anônimo disse…
parabens, estou ansioso para ver.
Abraço.
cris

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