alemão e japonês
Depois de alguns filmes e livros japoneses e alemães nesse final de semana, fiquei matutando que na verdade meu estilo de vida trafegou entre o “alemão” (no início) e o “japonês” (agora). Antes, eu era muito dramático, era o estilo expressionista: para mim nada tinha jeito, a existência humana era miserável no sentido mais estrito do termo, então tudo só podia acabar em conflito, morte, miséria. Foi a época de Depois da Noite e Casulo, a época do choque, do suicídio, da sombra. Agora, eu continuo achando que a existência humana é miserável, mas busco uma idéia de equilíbrio, de harmonia, um estilo suave que reflita esse descompasso. Antes, era uma época de desespero e sombras. Agora, uma época de melancolia e penumbra. Antes, o choque; agora, o equilíbrio. Mas sempre numa idéia de continuidade: os tempos, a rotina, o interior, a solidão, a incomunicabilidade, o miserabilismo. O que mudou: minha evolução da economia para o cinema, Silver City e Estética da Solidão. Antes, eu gostava de O Anjo Azul; agora, eu gosto de Corrida Sem Fim. É isso.
Comentários
abs.
irmãos pretti