O Filho
O filho
Dos Irmãos Dardenne
Ccbb cinema, sexta 17hs
***
O filme que vi para começar o carnaval foi O filho, dos irmãos dardenne, aqueles do Rosetta. Barra pesadíssima, o anti-espírito carnavalesco, mas vamos lá. Me lembrou um pouco o hero do frears na coisa da anti-vitimização ou anti-heroicização dos personagens. Um cara que trabalha num centro de reabilitação de menores infratores, numa marcenaria, acaba encontrando com o garoto que matou o seu filho. Fazer o que? Um estudo sobre a impossibilidade da vingança muito humano, o pai acaba se apaixonando pelo garoto, ou é quase isso. Uma espécie de sedução pelo mórbido, tom de destino, fatalidade, mas o fato é que os irmãos dardenne trabalham com uma câmera asfixiante (às vezes irrita) com uma edição de som perturbadora, esp no início com os sons da marcenaria, como já era no rosetta. A narrativa, se é possível falarmos em narrativa, é muito bem costurada, e só lá pros 30 minutos do filme é que descobrimos o que está em jogo. Até tem uma coisa de psicologia, como típico filme francês, mas é um trabalho de dramaturgia altamente estimulante e inventivo. Cenas fortes combinadas com tempos fracos, poucos diálogos, tratamento do tempo e do espaço com maestria. Um final seco, apropriado, cenas de grande envolvimento afetivo por parte dos atores, grande trabalho de entrega e de criação de personagem. A liberdade da câmera pseudo-documental não atinge limites extremos como rosetta, este o filho é um pouco mais distanciado, um pouco mais sóbrio, o que é até melhor. Se estreou mesmo em 2004, certamente ta na lista dos 10 melhores. Ah me lembrei também do imbecil do Jaime biaggio que como sempre assassinou o filme dando bonequinho dormindo. Queria falar melhor sobre o filme mas to cansado pacas, pra articular algo ta complicado.
Dos Irmãos Dardenne
Ccbb cinema, sexta 17hs
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O filme que vi para começar o carnaval foi O filho, dos irmãos dardenne, aqueles do Rosetta. Barra pesadíssima, o anti-espírito carnavalesco, mas vamos lá. Me lembrou um pouco o hero do frears na coisa da anti-vitimização ou anti-heroicização dos personagens. Um cara que trabalha num centro de reabilitação de menores infratores, numa marcenaria, acaba encontrando com o garoto que matou o seu filho. Fazer o que? Um estudo sobre a impossibilidade da vingança muito humano, o pai acaba se apaixonando pelo garoto, ou é quase isso. Uma espécie de sedução pelo mórbido, tom de destino, fatalidade, mas o fato é que os irmãos dardenne trabalham com uma câmera asfixiante (às vezes irrita) com uma edição de som perturbadora, esp no início com os sons da marcenaria, como já era no rosetta. A narrativa, se é possível falarmos em narrativa, é muito bem costurada, e só lá pros 30 minutos do filme é que descobrimos o que está em jogo. Até tem uma coisa de psicologia, como típico filme francês, mas é um trabalho de dramaturgia altamente estimulante e inventivo. Cenas fortes combinadas com tempos fracos, poucos diálogos, tratamento do tempo e do espaço com maestria. Um final seco, apropriado, cenas de grande envolvimento afetivo por parte dos atores, grande trabalho de entrega e de criação de personagem. A liberdade da câmera pseudo-documental não atinge limites extremos como rosetta, este o filho é um pouco mais distanciado, um pouco mais sóbrio, o que é até melhor. Se estreou mesmo em 2004, certamente ta na lista dos 10 melhores. Ah me lembrei também do imbecil do Jaime biaggio que como sempre assassinou o filme dando bonequinho dormindo. Queria falar melhor sobre o filme mas to cansado pacas, pra articular algo ta complicado.
Comentários
guilherme.
aliás se vc aparecer na mostra do filme livre me procura por lá
cinecasulófilo.