Um pai, que participava do movimento grevista. Uma esposa que era contra, porque queria o marido mais em casa. Uma filha pequena, criança, que achava que o pai gostava mais do trabalho, da política, do que de sua mãe, sua casa e ela mesma. Uma mágoa. Em casa, seu pai cantava música para sua mãe e para ela. Um momento especial.
25 anos depois. Um filme. A filha canta para o pai a música que ele cantava para ela pequena. O pai não mais se lembra. Mas a música ficou com a menina. Ela conta que a mãe morreu, e nem isso a aproximou do pai. Cada um foi chorar as mágoas num canto. O tempo os aproximou mais.
O pai cantava a música para a menina, que não conhecia a música.
Hoje, a menina (já mulher) canta a música para o pai, que já não se lembra mais da música.
A solidão.
O cinema.
Um filme.
Um país. Rastros de um movimento, de um sonho.
Peões, de Eduardo Coutinho.
25 anos depois. Um filme. A filha canta para o pai a música que ele cantava para ela pequena. O pai não mais se lembra. Mas a música ficou com a menina. Ela conta que a mãe morreu, e nem isso a aproximou do pai. Cada um foi chorar as mágoas num canto. O tempo os aproximou mais.
O pai cantava a música para a menina, que não conhecia a música.
Hoje, a menina (já mulher) canta a música para o pai, que já não se lembra mais da música.
A solidão.
O cinema.
Um filme.
Um país. Rastros de um movimento, de um sonho.
Peões, de Eduardo Coutinho.
Comentários