O sol do marmeleiro
Ontem e hoje fiquei de cama, meio doente, provavelmente por causa da bomba que foi essa última semana. Acho que nos meus últimos seis, sete anos trabalhei em prol de um objetivo, uma meta simples, facilmente quantificada, que agora descubro que NÃO foi atingida, simplesmente por minha incompetência (os motivos paranóicos ainda não desapareceram por completo, mas ainda prefiro pensar que foi por minha incompetência!!).
Mas enfim, nesse dia de inércia, aproveitei para fazer uma coisa de bom, que já devia ter feito há algum tempo: rever O SOL DO MARMELEIRO, a obra-prima do Erice. E vê-la logo após a primeira exibição de CINEDIÁRIO teve um significado especial. Ver me fez descobrir mais e mais coisas sobre este simples filme. Uma delas é o trabalho de captação e edição de som, super discreto, mas espetacular. Outro é o trabalho de decupagem, como Erice sempre corta de plano geral para plano geral, de plano detalhe para o detalhe, como ele é atencioso nas transições. O filme em si é muito grande, falar sobre ele é falar sobre toda uma estrutura que supera os detalhes individuais, é falar sobre o cerne da criação artística. Vendo o filme percebo claramente onde Cinediário fracassa: há estetização demais, o que engessa o filme, e impede que mais vida invada o filme.
Tive também uma certeza: o filme poderia ter tranqüilamente uns 20, talvez 30 minutos a menos. Tem 132 minutos; poderia ter 100-110 brincando, com pouca perda. A duração diminui o rigor e o equilíbrio do filme. Mas nada que tire do filme o status de obra-prima. Aliás, os primeiros quinze minutos do filme são inesquecíveis, uma aula magna de cinema.
Mas enfim, nesse dia de inércia, aproveitei para fazer uma coisa de bom, que já devia ter feito há algum tempo: rever O SOL DO MARMELEIRO, a obra-prima do Erice. E vê-la logo após a primeira exibição de CINEDIÁRIO teve um significado especial. Ver me fez descobrir mais e mais coisas sobre este simples filme. Uma delas é o trabalho de captação e edição de som, super discreto, mas espetacular. Outro é o trabalho de decupagem, como Erice sempre corta de plano geral para plano geral, de plano detalhe para o detalhe, como ele é atencioso nas transições. O filme em si é muito grande, falar sobre ele é falar sobre toda uma estrutura que supera os detalhes individuais, é falar sobre o cerne da criação artística. Vendo o filme percebo claramente onde Cinediário fracassa: há estetização demais, o que engessa o filme, e impede que mais vida invada o filme.
Tive também uma certeza: o filme poderia ter tranqüilamente uns 20, talvez 30 minutos a menos. Tem 132 minutos; poderia ter 100-110 brincando, com pouca perda. A duração diminui o rigor e o equilíbrio do filme. Mas nada que tire do filme o status de obra-prima. Aliás, os primeiros quinze minutos do filme são inesquecíveis, uma aula magna de cinema.
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