Fahrenheit 9/11
Fahrenheit 9/11
de Michael Moore, EUA, 2004
*
Finalmente vi o raios do Fahrenheit depois da poeira mais baixa e - pasmem! - achei ainda pior do que eu esperava. Até admiro a paixão de Moore pelo tema, sua urgência, o vigor político, o desejo insano de que um filme ainda pode mudar o mundo, mas meus caros, eu estou muito mais para O sol do marmeleiro que para Fahrenheit. Ou seja, eu já desisti há algum tempo de mudar o mundo. E daí que achei tudo uma ingeunidade, coisa de criança mimada mesmo. A primeira parte é basicamente argumentativa, mas é uma maçaroca de informação que parece um filme noir e as pistas esfarrapadas dadas pelos detetives para solucionar os crimes, e é impossível de acompanhar com alguma verossimilhança. Daí para frente o filme cai de ritmo e fica cada vez mais irregular e manipulador: passa a focar na vitimização das pessoas que são mandadas para a guerra, desde jovens despreparados até as suas famílias. Aí piora, porque vira apelativo e sem qualquer substância e a parte argumentativa é completamente abandonada. Moore acaba sendo tão paranóico quanto Bush, querendo convertêw-lo as vezes como um monstro as vezes como um imbecil completamente alienado (mas seria marionete de quem?). Nada me convenceu, até porque nem uma única pessoa que gosta de Bush é entrevistada, nenhum argumento a favor é possível. Como documentário, trash!. Destaque: a cena que mostra o instante de 11/09, o ataque às torres gêmeas com a tela em negro: sobre a ética, sobre a exploração das imagens e sobre a mídia. No resto, absolutamente dispensável.
Ah - e como eu pude me esquecer - a sessão foi agradável,mas de fato eu esperava que fosse BEM MAIS agradável... pelo menos me deu uma profunda sensação de ALÍVIO... ou ainda (pra quem não está entendendo nada): o que aconteceu (ou aconteceria) depois da sessão tinha para mim muito mais importância que os argumentos falastrões sobre o fim do mundo e o império árabe nos eua do mr. moore... ué, não é a globalização??rsrs ou seja, resumindo, para a sorte dos meus preciosos miolos, eu não guardo nenhuma 38 dentro do armário...
de Michael Moore, EUA, 2004
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Finalmente vi o raios do Fahrenheit depois da poeira mais baixa e - pasmem! - achei ainda pior do que eu esperava. Até admiro a paixão de Moore pelo tema, sua urgência, o vigor político, o desejo insano de que um filme ainda pode mudar o mundo, mas meus caros, eu estou muito mais para O sol do marmeleiro que para Fahrenheit. Ou seja, eu já desisti há algum tempo de mudar o mundo. E daí que achei tudo uma ingeunidade, coisa de criança mimada mesmo. A primeira parte é basicamente argumentativa, mas é uma maçaroca de informação que parece um filme noir e as pistas esfarrapadas dadas pelos detetives para solucionar os crimes, e é impossível de acompanhar com alguma verossimilhança. Daí para frente o filme cai de ritmo e fica cada vez mais irregular e manipulador: passa a focar na vitimização das pessoas que são mandadas para a guerra, desde jovens despreparados até as suas famílias. Aí piora, porque vira apelativo e sem qualquer substância e a parte argumentativa é completamente abandonada. Moore acaba sendo tão paranóico quanto Bush, querendo convertêw-lo as vezes como um monstro as vezes como um imbecil completamente alienado (mas seria marionete de quem?). Nada me convenceu, até porque nem uma única pessoa que gosta de Bush é entrevistada, nenhum argumento a favor é possível. Como documentário, trash!. Destaque: a cena que mostra o instante de 11/09, o ataque às torres gêmeas com a tela em negro: sobre a ética, sobre a exploração das imagens e sobre a mídia. No resto, absolutamente dispensável.
Ah - e como eu pude me esquecer - a sessão foi agradável,mas de fato eu esperava que fosse BEM MAIS agradável... pelo menos me deu uma profunda sensação de ALÍVIO... ou ainda (pra quem não está entendendo nada): o que aconteceu (ou aconteceria) depois da sessão tinha para mim muito mais importância que os argumentos falastrões sobre o fim do mundo e o império árabe nos eua do mr. moore... ué, não é a globalização??rsrs ou seja, resumindo, para a sorte dos meus preciosos miolos, eu não guardo nenhuma 38 dentro do armário...
Comentários
Uma outra mentira, entre várias, é sobre a permissão dada aos sauditas para sair do país depois dos atentados. Soube-se depois que a autorização foi dada por um funcionário ligado aos democratas que simplesmente estava numa posição da administração que lhe dava os poderes para assinar os papéis necessários para a saída deles do país. Foi uma falha como outra qualquer que ocorre em grandes burocracias. Depois, esse mesmo cidadão entrou na campanha anti-bushista acusando-o de ter feito aquilo que ele mesmo fizera.
Enfim, uma bosta esse filme
valeu, Alvaro