A Orquídia Negra
A ORQUÍDIA NEGRA
The black orchid, MArtin Ritt, 1959
*
É, acho que dei sorte em ver os dois melhores Ritts em sequencia (Hud e Paris Blues), porque a coisa cada vez mais está indo pro brejo... Bom, tbem não da pra fazer mnilagre, e este é claramente um filme de encomenda, acadêmico, que não dá nenhum espaço pro cinema.
Sophia Loren faz o papel de uma viúva da máfia italiana que reconstrói sua vida (oh...) com a ajuda do Anthony Quinn. Os dois têm filhos malas. Ela, um garoto que só foge do orfanato. Ele, uma das filhas mais malas da história do cinema.
A filha do Quinn é interessante: levava uma vida tranquila, iria se casar, mas tudo muda repentinamente com a notícia que seu pai irá se casar com a tal viúva. Aí vira um filme de Ozu às avessas: se no filme do Ozu, a filha quase não quer se casar para ficar com o pai, para não deixr ele só; aqui, a filha não quer que o pai se case de jeito nenhum, por puro egoísmo. No fundo dá na mesma, mas é o contrário: afirmação do egoísmo, do materialismo da sociedade americana, pura chantagem e mimo. Tudo vira um caco na vida da menina, e, claro, ela agora quer que o pai se sinta culpado... é incrível... aí, tudo passa a dar errado MESMO por causa da menininha mala... mas no final, há aquelas reviravoltas toscas e tudo acaba bem, tipo novela da globo...
A decupagem é boa; Ritt sabe enquadrar. É curioso pq o filme se passa muito em interiores, e muito em casas, mas Ritt encheu o filme de carrinhos, mostrando várias vezes o deslocamento dos personagens entre os cômodos. A fotografia tbem tem destaque, geralmente com profundidade de campo que valoriza o fundo como elemento de dramaturgia. As longas gruas do início do filme desaparecem, mesmo nas visitas ao tal orfanato. Mas a inserção do espaço físico é com Ritt mesmo (em O mercador de almas quase que ele desaprendeeu, mas aqui volta), e a externa do orfanato quando o Quinn vai conversar com o garoto (filho da Loren) é de uma dramaturgia seca mas comovente. A decupagem no interior das casas trz elementos que nos fazem aprender, mas não dá... o filme é muito primário no roteiro e na dramaturgia, e não convence mesmo... pelo menos não tem aquele clima solene de meia tigela de O Mercador de almas... esse aqui pelo menos é menor...
se eu nao achar o a grande esperança branca no video, acho que acabaram os ritts. acho que desisti de escrever o texto. como ja tenho tres prontos, talvez um meia-tigela... ainda descobri que o ritt fez um remake de rashomon (ME POUPE!!!!!!)
The black orchid, MArtin Ritt, 1959
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É, acho que dei sorte em ver os dois melhores Ritts em sequencia (Hud e Paris Blues), porque a coisa cada vez mais está indo pro brejo... Bom, tbem não da pra fazer mnilagre, e este é claramente um filme de encomenda, acadêmico, que não dá nenhum espaço pro cinema.
Sophia Loren faz o papel de uma viúva da máfia italiana que reconstrói sua vida (oh...) com a ajuda do Anthony Quinn. Os dois têm filhos malas. Ela, um garoto que só foge do orfanato. Ele, uma das filhas mais malas da história do cinema.
A filha do Quinn é interessante: levava uma vida tranquila, iria se casar, mas tudo muda repentinamente com a notícia que seu pai irá se casar com a tal viúva. Aí vira um filme de Ozu às avessas: se no filme do Ozu, a filha quase não quer se casar para ficar com o pai, para não deixr ele só; aqui, a filha não quer que o pai se case de jeito nenhum, por puro egoísmo. No fundo dá na mesma, mas é o contrário: afirmação do egoísmo, do materialismo da sociedade americana, pura chantagem e mimo. Tudo vira um caco na vida da menina, e, claro, ela agora quer que o pai se sinta culpado... é incrível... aí, tudo passa a dar errado MESMO por causa da menininha mala... mas no final, há aquelas reviravoltas toscas e tudo acaba bem, tipo novela da globo...
A decupagem é boa; Ritt sabe enquadrar. É curioso pq o filme se passa muito em interiores, e muito em casas, mas Ritt encheu o filme de carrinhos, mostrando várias vezes o deslocamento dos personagens entre os cômodos. A fotografia tbem tem destaque, geralmente com profundidade de campo que valoriza o fundo como elemento de dramaturgia. As longas gruas do início do filme desaparecem, mesmo nas visitas ao tal orfanato. Mas a inserção do espaço físico é com Ritt mesmo (em O mercador de almas quase que ele desaprendeeu, mas aqui volta), e a externa do orfanato quando o Quinn vai conversar com o garoto (filho da Loren) é de uma dramaturgia seca mas comovente. A decupagem no interior das casas trz elementos que nos fazem aprender, mas não dá... o filme é muito primário no roteiro e na dramaturgia, e não convence mesmo... pelo menos não tem aquele clima solene de meia tigela de O Mercador de almas... esse aqui pelo menos é menor...
se eu nao achar o a grande esperança branca no video, acho que acabaram os ritts. acho que desisti de escrever o texto. como ja tenho tres prontos, talvez um meia-tigela... ainda descobri que o ritt fez um remake de rashomon (ME POUPE!!!!!!)
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