O Pântano
O Pântano
La ciénaga, Lucrecia Martel, Argentina, 2002
***
Finalmente tirei o raios da minha carteirinha e vi O Pântano. É incrível, primeiro pq não é aquele filme de arte estiloso e parado (ou seja, o estereótipo burro do filme cabeça). Mas mesmo o uso da linguagem é impressionante, pq o filme não tem aquela obsessão pelo quadro (ele brinca com uma linguagem documental) mas qdo quer é absolutamente rigoroso, inclusive na criação de climas.
O filme é uma comédia, quase alegórica (me lembrou que se a Ana Carolina realmente fizesse cinema faria um filme parecido com esse), ao mesmo tempo é um filme de terror (me lembrou às vezes até de Elefante). Isso porque é um dos filmes mais violentos que vi ultimamente. Tudo cheira a sangue, é como se estivéssemos na trincheira. E mesmo quando não há sangue, há uma puta tensão (uma lâmpada estourando, um menino apontando a arma se querer quase na cabeça do outro), quando esperamos que vai haver uma tragédia que nunca acontece (até quando?). O sangue aparece o tempo todo no filme, e ele é combinado seja com o vinho (o início deixa isso claro) e tem um contraponto com a água. A água está no filme o tempo todo (chuva, banhos...) como se houvesse uma necessidade de os personagens se lavarem e não conseguirem (as toalhas....) – (e o que é aquela piscine? E aquele dique?)...
O filme tbem trabalha a questão de sexualidade no sentido de uma tensão. O tempo todo a gente acha que um irmão vai agarrar o outro, ewtc, etc.
A parte mais sinistra do filme é quando os garotos checam o cu do cachorro pra vere se os índios comeram ou não – política, documentário, violência e sexualidade – talvez a síntese desse trabalho provocador e perturbador.
Ah, teve grana da Riofilme??? EU TBEM QUERO................
La ciénaga, Lucrecia Martel, Argentina, 2002
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Finalmente tirei o raios da minha carteirinha e vi O Pântano. É incrível, primeiro pq não é aquele filme de arte estiloso e parado (ou seja, o estereótipo burro do filme cabeça). Mas mesmo o uso da linguagem é impressionante, pq o filme não tem aquela obsessão pelo quadro (ele brinca com uma linguagem documental) mas qdo quer é absolutamente rigoroso, inclusive na criação de climas.
O filme é uma comédia, quase alegórica (me lembrou que se a Ana Carolina realmente fizesse cinema faria um filme parecido com esse), ao mesmo tempo é um filme de terror (me lembrou às vezes até de Elefante). Isso porque é um dos filmes mais violentos que vi ultimamente. Tudo cheira a sangue, é como se estivéssemos na trincheira. E mesmo quando não há sangue, há uma puta tensão (uma lâmpada estourando, um menino apontando a arma se querer quase na cabeça do outro), quando esperamos que vai haver uma tragédia que nunca acontece (até quando?). O sangue aparece o tempo todo no filme, e ele é combinado seja com o vinho (o início deixa isso claro) e tem um contraponto com a água. A água está no filme o tempo todo (chuva, banhos...) como se houvesse uma necessidade de os personagens se lavarem e não conseguirem (as toalhas....) – (e o que é aquela piscine? E aquele dique?)...
O filme tbem trabalha a questão de sexualidade no sentido de uma tensão. O tempo todo a gente acha que um irmão vai agarrar o outro, ewtc, etc.
A parte mais sinistra do filme é quando os garotos checam o cu do cachorro pra vere se os índios comeram ou não – política, documentário, violência e sexualidade – talvez a síntese desse trabalho provocador e perturbador.
Ah, teve grana da Riofilme??? EU TBEM QUERO................
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