(aos amigos do Ceará)
Não sei mais o que vou fazer.
Há tantas coisas por fazer, tantos afazeres.
As malas vazias, as toalhas despidas, todos os pergaminhos que [precisam ser abandonados.
Mas sei que hoje, pelo menos hoje, não vou mais me lamentar.
Não vou lembrar o ontem, não vou me remoer pelo que não fiz, pelo [que não tive coragem de dizer.
Não vou ter mais vergonha de mim.
Não vou mais pensar que sou covarde, chorar sozinho pelo espelho.
Hoje vou viver esse sonho que é essa esperança louca de mim.
Quero poder gritar para mim mesmo, me descabelar, virar pelo [avesso.
Quero poder dizer, talvez pela primeira vez,
que é possível ser eu mesmo.
É possível afinal.
Chegou a hora, os galos já cantaram, amanheceu o dia,
e eu aqui na beira da estrada, sentindo a brisa úmida, o orvalho que [seca pelo sol do dia.
Agora chegou afinal a hora de eu me olhar no espelho
e não ter mais vergonha de mim.
Não sei mais o que fazer com toda essa liberdade, que nunca sonhei [em ter.
Quero embriagar os vagabundos, dar nós nos rabos dos gatos,
apertar as campainhas dos vizinhos e sair correndo.
Não sei mais o que vou fazer.
Só sei que pelo menos hoje quero viver esse sonho possível.
Pelo menos hoje não vou ter mais vergonha de mim.
Quero acreditar que, independentemente do amanhã,
da furiosa reação em cadeia que qualquer gesto de liberdade pode [gerar,
quero acreditar que, independentemente do amanhã,
independentemente do amanhã,
só por esse momento minha vida terá valido
a pena
(s)
Há tantas coisas por fazer, tantos afazeres.
As malas vazias, as toalhas despidas, todos os pergaminhos que [precisam ser abandonados.
Mas sei que hoje, pelo menos hoje, não vou mais me lamentar.
Não vou lembrar o ontem, não vou me remoer pelo que não fiz, pelo [que não tive coragem de dizer.
Não vou ter mais vergonha de mim.
Não vou mais pensar que sou covarde, chorar sozinho pelo espelho.
Hoje vou viver esse sonho que é essa esperança louca de mim.
Quero poder gritar para mim mesmo, me descabelar, virar pelo [avesso.
Quero poder dizer, talvez pela primeira vez,
que é possível ser eu mesmo.
É possível afinal.
Chegou a hora, os galos já cantaram, amanheceu o dia,
e eu aqui na beira da estrada, sentindo a brisa úmida, o orvalho que [seca pelo sol do dia.
Agora chegou afinal a hora de eu me olhar no espelho
e não ter mais vergonha de mim.
Não sei mais o que fazer com toda essa liberdade, que nunca sonhei [em ter.
Quero embriagar os vagabundos, dar nós nos rabos dos gatos,
apertar as campainhas dos vizinhos e sair correndo.
Não sei mais o que vou fazer.
Só sei que pelo menos hoje quero viver esse sonho possível.
Pelo menos hoje não vou ter mais vergonha de mim.
Quero acreditar que, independentemente do amanhã,
da furiosa reação em cadeia que qualquer gesto de liberdade pode [gerar,
quero acreditar que, independentemente do amanhã,
independentemente do amanhã,
só por esse momento minha vida terá valido
a pena
(s)
Comentários
tem que passar além da dor
sempre acompanhei seu blog, gosto muito. hoje abri e me surpreendi com esta carta bonita que vc escreveu.
Nao sei o que dizer direito sobre ela. sei que lembrei do meu pai, do quanto pude contar com ele nas minhas idas e vindas pelo mundo.se eu pudesse dava ele de empréstimo, porque sei que ele iria te apoiar.
abraços,
beatriz
fico contente com a sua afetuosa resposta. Apesar de termos até então pouco contato - o que acredito que irá se intensificar daqui em diante - tomo a liberdade de incluí-la na lista dos "remetentes" desta carta. Sinta-se parte dela.
Um abraço,
meu abraço
Cezar
Eu só tenho a ficar feliz com isso.
Um abraço muito forte.
mah nunca tenha vergonha de vc. vc eh um gato maneirooooo. te adorooooooo. sou sua fã. beijao e td de bom.
bicho
vem logo!!
(salomão)