eastwood x allen
A Troca é um belo filme de Clint Eastwood que me encantou por completo pelo apuro de uma cinematografia em sua maturidade, mas ao mesmo tempo, em suas entrelinhas, há algo de terrivelmente conservador e reacionário que me incomoda em muito, mas que está em terceiro plano e que eu tenho uma certa dificuldade em desenvolver.
Por outro lado, Vicky Cristina Barcelona é um filme menor de Woody Allen, com uma pitada nada leve de um certo oportunismo, filme um tanto preguiçoso, mas que ao mesmo tempo é um trabalho de maturidade em continuidade com que o diretor vem fazendo, e que, apesar de considerá-lo fútil, há em suas entrelinhas, lá num terceiro plano, algo que me seduz e que me encanta por completo mas que eu não consigo bem descrevê-lo, apenas pressinto.
São ambos trabalhos de maturidade de dois diretores norte-americanos veteranos que filmam como loucos, praticamente um filme por ano. Ao mesmo tempo, são duas visões de mundo totalmente opostas, de cinema e de vida, e ao mesmo tempo se aproximam, pela busca por um certo cinema e pela forma como trabalham uma certa idéia entre amor e dor.
Me interessa bem mais esse filme do Eastwood mas há algo nele que me repele. O filme de Allen me interessa muito menos mas há algo nele que me encanta.
Mas o que é esse “algo” é algo que não sei, não sei ao certo.
Ou melhor, talvez eu o saiba sim: é que em A Troca há uma ponta de um determinismo reacionário mas profundamente verdadeiro; em Vicky Cristina há uma ponta de uma liberdade afetuosa mas um tanto caricata e falsa (mas Eastwood não é Haneke nem Allen é Truffaut ou Sang-Soo, menos mal...).
Por outro lado, Vicky Cristina Barcelona é um filme menor de Woody Allen, com uma pitada nada leve de um certo oportunismo, filme um tanto preguiçoso, mas que ao mesmo tempo é um trabalho de maturidade em continuidade com que o diretor vem fazendo, e que, apesar de considerá-lo fútil, há em suas entrelinhas, lá num terceiro plano, algo que me seduz e que me encanta por completo mas que eu não consigo bem descrevê-lo, apenas pressinto.
São ambos trabalhos de maturidade de dois diretores norte-americanos veteranos que filmam como loucos, praticamente um filme por ano. Ao mesmo tempo, são duas visões de mundo totalmente opostas, de cinema e de vida, e ao mesmo tempo se aproximam, pela busca por um certo cinema e pela forma como trabalham uma certa idéia entre amor e dor.
Me interessa bem mais esse filme do Eastwood mas há algo nele que me repele. O filme de Allen me interessa muito menos mas há algo nele que me encanta.
Mas o que é esse “algo” é algo que não sei, não sei ao certo.
Ou melhor, talvez eu o saiba sim: é que em A Troca há uma ponta de um determinismo reacionário mas profundamente verdadeiro; em Vicky Cristina há uma ponta de uma liberdade afetuosa mas um tanto caricata e falsa (mas Eastwood não é Haneke nem Allen é Truffaut ou Sang-Soo, menos mal...).
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