Festival do Rio: saldo final
- Na média, o melhor cinema do mundo é o cinema oriental
- Há diretores que comprovam sua genialidade fazendo sempre o mesmo filme (Oliveira, Dardenne, Reygadas, Tsai); outros, que a comprovam buscando sua identidade fugidia no que há de implícito em cada filme (Aoyama, Hsiao-Hsien, Desplechin)
- O cinema brasileiro está imerso numa piscina: debate-se para sobreviver, mas nunca aprende a nadar. Às vezes, submerge, engole bastante água; outras, consegue boiar, e se equilibra. Vendo a seleção para a Première Brasil, dada a catastrófica safra de filmes que estreou em 2004, a princípio nos passa uma sensação de alívio. Mas olhando com mais atenção, o alívio passa: é apenas uma marola.
- Ozu é o pai do cinema: ver seus filmes envolve, no entanto, um exercício de devoção e de entrega, ao qual nem sempre estamos preparados.
- Ler o que se escreve sobre o Festival (críticas, reportagens, matérias, cochichos) me causa cada vez mais cansaço e preguiça.
- Dos filmes novos do Festival, os que me causaram uma maior experiência emocional foram Reis e Rainha e Batalha no Céu. Os orientais não nos causam um impacto emocional, porque sua idéia de equilíbrio é forte demais.
- O melhor momento do Festival sem dúvida é o fim, quando nossa vida volta ao normal.
(R) filmes revistos ou que vi duas vezes
Filmes por ordem de preferência:
Café Lumière, de Hou Hsiao-Hsien *** ½ (R)
O Mundo, de Jia ZhengKe *** ½ (R)
Reis e Rainha, de Arnauld Desplechin ***
Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?, de Aoyama Shinji *** (R)
Batalha no céu, de Carlos Reygadas ***
The Wayward Cloud, de Tsai Ming-Liang ***
A morte do sr. Lazaresco, de Cristi Puiu ***
Election, de Johnnie To ***
Espelho Mágico, de Manoel de Oliveira ***
A Máquina, de João Falcão **
Carreiras, de Domingos Oliveira **
Cidade Baixa, de Sérgio Machado * ½
Sex and philosophy, de Mohsen Makhmalbaff * ½
Três Extremos, de Fruit Chan, Park Chan Wook e Takashi Miike *
A última transa do presidente, de Sang-Soo *
Seven Swords, de Tsui Hark ½
Um Lobisomem na Amazônia, de Ivan Cardoso 0
Tarfaya, de Daoud Aoulad-Syad 0
Flor do Equinócio, de Yazujiro Ozu ***½ (R)
Um trato em canção japonesa pornô, de Nagisa Oshima ***
Ele é um pai, de Yasujiro Ozu ***
24 olhos, de Keisuke Kinoshita ** ½
O amor inocente de Carmen, de Keisuke Kinoshita ** ½
Três bêbados ressuscitados, de Nagisa Oshima **
O Perfume do incenso, de Keisuke Kinoshita **
Águas Tempestuosas, de Jean Gremillon **
Uma escola muito especial, de Yoji Yamada 0
Curtas:
Alice, de Rafael Gomes *
Do mundo não se leva nada, de Charly Braun *
Ímpar Par, de Esmir Filho 0
Curupira, de ? 0
Desejo, de Anne Pinheiro Guimarães 0Eu te darei o céu, de Afonso Poyart 0
- Há diretores que comprovam sua genialidade fazendo sempre o mesmo filme (Oliveira, Dardenne, Reygadas, Tsai); outros, que a comprovam buscando sua identidade fugidia no que há de implícito em cada filme (Aoyama, Hsiao-Hsien, Desplechin)
- O cinema brasileiro está imerso numa piscina: debate-se para sobreviver, mas nunca aprende a nadar. Às vezes, submerge, engole bastante água; outras, consegue boiar, e se equilibra. Vendo a seleção para a Première Brasil, dada a catastrófica safra de filmes que estreou em 2004, a princípio nos passa uma sensação de alívio. Mas olhando com mais atenção, o alívio passa: é apenas uma marola.
- Ozu é o pai do cinema: ver seus filmes envolve, no entanto, um exercício de devoção e de entrega, ao qual nem sempre estamos preparados.
- Ler o que se escreve sobre o Festival (críticas, reportagens, matérias, cochichos) me causa cada vez mais cansaço e preguiça.
- Dos filmes novos do Festival, os que me causaram uma maior experiência emocional foram Reis e Rainha e Batalha no Céu. Os orientais não nos causam um impacto emocional, porque sua idéia de equilíbrio é forte demais.
- O melhor momento do Festival sem dúvida é o fim, quando nossa vida volta ao normal.
(R) filmes revistos ou que vi duas vezes
Filmes por ordem de preferência:
Café Lumière, de Hou Hsiao-Hsien *** ½ (R)
O Mundo, de Jia ZhengKe *** ½ (R)
Reis e Rainha, de Arnauld Desplechin ***
Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?, de Aoyama Shinji *** (R)
Batalha no céu, de Carlos Reygadas ***
The Wayward Cloud, de Tsai Ming-Liang ***
A morte do sr. Lazaresco, de Cristi Puiu ***
Election, de Johnnie To ***
Espelho Mágico, de Manoel de Oliveira ***
A Máquina, de João Falcão **
Carreiras, de Domingos Oliveira **
Cidade Baixa, de Sérgio Machado * ½
Sex and philosophy, de Mohsen Makhmalbaff * ½
Três Extremos, de Fruit Chan, Park Chan Wook e Takashi Miike *
A última transa do presidente, de Sang-Soo *
Seven Swords, de Tsui Hark ½
Um Lobisomem na Amazônia, de Ivan Cardoso 0
Tarfaya, de Daoud Aoulad-Syad 0
Flor do Equinócio, de Yazujiro Ozu ***½ (R)
Um trato em canção japonesa pornô, de Nagisa Oshima ***
Ele é um pai, de Yasujiro Ozu ***
24 olhos, de Keisuke Kinoshita ** ½
O amor inocente de Carmen, de Keisuke Kinoshita ** ½
Três bêbados ressuscitados, de Nagisa Oshima **
O Perfume do incenso, de Keisuke Kinoshita **
Águas Tempestuosas, de Jean Gremillon **
Uma escola muito especial, de Yoji Yamada 0
Curtas:
Alice, de Rafael Gomes *
Do mundo não se leva nada, de Charly Braun *
Ímpar Par, de Esmir Filho 0
Curupira, de ? 0
Desejo, de Anne Pinheiro Guimarães 0Eu te darei o céu, de Afonso Poyart 0
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