Esses Moços
Esses Moços
De José Araripe Jr.
VHS, 19 ago 22hs
0 ½
O primeiro longa de José Araripe Jr. é cheio de boas intenções: é sobre a redescoberta da vida por um velho e duas crianças de ruas a partir da solidariedade, a partir de seu encontro fortuito. Esse olhar para os miseráveis com compaixão mas sem paternalismo tenta alcançar alguns momentos de poesia, tentando incorporar de forma criativa o espaço físico da Bahia, entre a Cidade Alta e Baixa. O trio supera as dificuldades (a falta de afeto, de dinheiro, de memória...) olhando para a vida de uma forma afetuosa, brincalhona, irreverente. O estilo de Araripe é o do curta-metragem de realização ligeira, com uma espécie de realismo mágico (a mala, a falta de memória do velho, etc.). Mas o que impede o filme de se realizar por completo é a dificuldade de Araripe de encontrar o TOM certo tanto para a história quanto para seus personagens. Com isso, acaba sendo um filme que não consegue alcançar nenhuma das suas intenções. A mise-en-scene, apesar do esforço da câmera, acaba refletindo todo esse primarismo da direção, e nunca consegue realizar um olhar, evidenciar um estilo, e mesmo no desenvolvimento do enredo, o filme se ressente em muito de uma organicidade. Não consegue se aproximar desse mundo marginalizado, e fica preso a alguns cacoetes de roteiro (o “marcha soldado” ou a cena na escadaria em que as duas irmãs quase se separam). O final mostra algumas virtudes, apostando na separação e na solidão como símbolos de uma marginalidade, mas nada que absolva Araripe pela sua displicência na realização de um primeiro longa. Seu estilo cru, rude, primário, ao invés de encher o projeto de uma força, acaba evidenciando suas limitações como cineasta do ponto de vista mais básico: a construção de uma dramaturgia, de um olhar, e de um projeto mínimo de mise-em-scene que articule seus elementos de linguagem na construção de um projeto. Pena.
De José Araripe Jr.
VHS, 19 ago 22hs
0 ½
O primeiro longa de José Araripe Jr. é cheio de boas intenções: é sobre a redescoberta da vida por um velho e duas crianças de ruas a partir da solidariedade, a partir de seu encontro fortuito. Esse olhar para os miseráveis com compaixão mas sem paternalismo tenta alcançar alguns momentos de poesia, tentando incorporar de forma criativa o espaço físico da Bahia, entre a Cidade Alta e Baixa. O trio supera as dificuldades (a falta de afeto, de dinheiro, de memória...) olhando para a vida de uma forma afetuosa, brincalhona, irreverente. O estilo de Araripe é o do curta-metragem de realização ligeira, com uma espécie de realismo mágico (a mala, a falta de memória do velho, etc.). Mas o que impede o filme de se realizar por completo é a dificuldade de Araripe de encontrar o TOM certo tanto para a história quanto para seus personagens. Com isso, acaba sendo um filme que não consegue alcançar nenhuma das suas intenções. A mise-en-scene, apesar do esforço da câmera, acaba refletindo todo esse primarismo da direção, e nunca consegue realizar um olhar, evidenciar um estilo, e mesmo no desenvolvimento do enredo, o filme se ressente em muito de uma organicidade. Não consegue se aproximar desse mundo marginalizado, e fica preso a alguns cacoetes de roteiro (o “marcha soldado” ou a cena na escadaria em que as duas irmãs quase se separam). O final mostra algumas virtudes, apostando na separação e na solidão como símbolos de uma marginalidade, mas nada que absolva Araripe pela sua displicência na realização de um primeiro longa. Seu estilo cru, rude, primário, ao invés de encher o projeto de uma força, acaba evidenciando suas limitações como cineasta do ponto de vista mais básico: a construção de uma dramaturgia, de um olhar, e de um projeto mínimo de mise-em-scene que articule seus elementos de linguagem na construção de um projeto. Pena.
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