Teorema
TEOREMA
De Pier Paolo Pasolini
Unibanco Arteplex 3 qua 20 julho 19hs
****
Uau! Cinema em estado puro. Um privilégio. Um tipo de cinema que não mais existe. O fantástico de Teorema é que é um trabalho filmado de forma simples mas que se revela absolutamente complexo. Vendo-o entendemos todas as motivações dos personagens, sua necessidade de mudança, mas ao tempo tempo eles continuam nos sendo completamente indecifráveis, enigmáticos. Ou seja, são vivos, orgânicos, em sua individualidade latente, pulsante. O filme nos fala de um estrangeiro (Terence Stamp) que, ao entrar em contato (sexual, diga-se) com cinco membros de uma família burguesa, faz com que eles mudem seu comportamento, mudem suas vidas. A mãe vira puta; a filha, uma louca; a empregada, uma santa; o filho, um artista; o pai, um errante. É um trabalho político (a entrevista no início do filme, o tom da família burguesa) mas ao mesmo tempo humano. E ainda: um trabalho de cinema, de linguagem, de poesia (o cinema de poesia de Pasolini em sua quintessência). Um filme sobre a impossibilidade da liberdade plena no mundo contemporâneo. Um filme sobre a repercussão no indivíduo das repressões sociais, da opressão das instituições. Mas não é o “denuncismo” fácil. Filme ambíguo, árduo, doloroso, sublime, poético, libertário, absolutamente cinematográfico, desconcertante. Cinema em estado puro. Um privilégio. Um tipo de cinema que não mais existe. Este é o legado de TEOREMA, de Pasolini, mais de 30 anos depois de seu lançamento.
De Pier Paolo Pasolini
Unibanco Arteplex 3 qua 20 julho 19hs
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Uau! Cinema em estado puro. Um privilégio. Um tipo de cinema que não mais existe. O fantástico de Teorema é que é um trabalho filmado de forma simples mas que se revela absolutamente complexo. Vendo-o entendemos todas as motivações dos personagens, sua necessidade de mudança, mas ao tempo tempo eles continuam nos sendo completamente indecifráveis, enigmáticos. Ou seja, são vivos, orgânicos, em sua individualidade latente, pulsante. O filme nos fala de um estrangeiro (Terence Stamp) que, ao entrar em contato (sexual, diga-se) com cinco membros de uma família burguesa, faz com que eles mudem seu comportamento, mudem suas vidas. A mãe vira puta; a filha, uma louca; a empregada, uma santa; o filho, um artista; o pai, um errante. É um trabalho político (a entrevista no início do filme, o tom da família burguesa) mas ao mesmo tempo humano. E ainda: um trabalho de cinema, de linguagem, de poesia (o cinema de poesia de Pasolini em sua quintessência). Um filme sobre a impossibilidade da liberdade plena no mundo contemporâneo. Um filme sobre a repercussão no indivíduo das repressões sociais, da opressão das instituições. Mas não é o “denuncismo” fácil. Filme ambíguo, árduo, doloroso, sublime, poético, libertário, absolutamente cinematográfico, desconcertante. Cinema em estado puro. Um privilégio. Um tipo de cinema que não mais existe. Este é o legado de TEOREMA, de Pasolini, mais de 30 anos depois de seu lançamento.
Comentários
abs. ricardo
abraço!