(TEATRO) Baque
TEATRO
Baque
De Monique Gardenberg
Espaço Correios, sex 29 abr 19hs
0
De cineasta para cineasta no teatro. De Neil Labute para Monique Gardenberg. A coisa de sempre de Labute : crítica às hipocrisias da sociedade contemporânea, aos relacionamentos homem-mulher, com um tom provocativo, irônico, cínico. “Eu estou apontando o dedo pra você. Você mesmo, que está assistindo à peça”. Sim, bem ao estilo de Labute. É incrível como um autor perde tempo para criar um personagem (as três partes são basicamente monólogos) que ele simplesmente odeia, que tem um desprezo profundo por sua existência. Tudo acaba em morte, em miséria. Parece até coisa de paulista. O texto de Labute é careteiro, os atores estão careteiros, a peça é cínica e não se sustenta. A direção de Gardenberg é ruim, meramente descritiva, com pontuações dramáticas que reforçam o tom careteiro e estilizado da peça. Cenários, luz, figurinos meramente ilustrativos, nada a acrescentar.
É certo que a sociedade contemporânea é cretina, que as pessoas da classe média alta são afetadas e imbecis, e que escondem seu verdadeiro ser por trás de uma cortina de fumaça, de um mundo de aparências, sim, é certo tudo isso, mas Labute mostra isso de uma forma infantil, cínica, mesquinha. A crítica a esse universo fica desgastada, perde a força.
Por fim, Deborah Evelyn se esforça em criar um personagem, tanto no corpo e na voz (cena 2) quanto no despojamento e na entrega pessoal (cena 3). A única coisa a bem se notar.
Baque
De Monique Gardenberg
Espaço Correios, sex 29 abr 19hs
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De cineasta para cineasta no teatro. De Neil Labute para Monique Gardenberg. A coisa de sempre de Labute : crítica às hipocrisias da sociedade contemporânea, aos relacionamentos homem-mulher, com um tom provocativo, irônico, cínico. “Eu estou apontando o dedo pra você. Você mesmo, que está assistindo à peça”. Sim, bem ao estilo de Labute. É incrível como um autor perde tempo para criar um personagem (as três partes são basicamente monólogos) que ele simplesmente odeia, que tem um desprezo profundo por sua existência. Tudo acaba em morte, em miséria. Parece até coisa de paulista. O texto de Labute é careteiro, os atores estão careteiros, a peça é cínica e não se sustenta. A direção de Gardenberg é ruim, meramente descritiva, com pontuações dramáticas que reforçam o tom careteiro e estilizado da peça. Cenários, luz, figurinos meramente ilustrativos, nada a acrescentar.
É certo que a sociedade contemporânea é cretina, que as pessoas da classe média alta são afetadas e imbecis, e que escondem seu verdadeiro ser por trás de uma cortina de fumaça, de um mundo de aparências, sim, é certo tudo isso, mas Labute mostra isso de uma forma infantil, cínica, mesquinha. A crítica a esse universo fica desgastada, perde a força.
Por fim, Deborah Evelyn se esforça em criar um personagem, tanto no corpo e na voz (cena 2) quanto no despojamento e na entrega pessoal (cena 3). A única coisa a bem se notar.
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