Não posso dizer que te amo
se não tenho coragem pra te dizer
Hoje não chove
nem faz sol
Fico sentado à espera de um ruído que me desperte
mas os carros não buzinam mais
Quereria poder te tocar
mas meus braços são curtos demais
Hoje nada está no lugar
Estou cansado de tanto fazer, de tanto fazer
e de nada dizer
Preciso te encontrar
mas tu foges, tu foges, tu foges
lépida e ligeira
para longe, bem longe
encrustada nas florestas de espírito
e apenas te observo com meu gosto de camaleão
e minhas pintas de cereja
se não tenho coragem pra te dizer
Hoje não chove
nem faz sol
Fico sentado à espera de um ruído que me desperte
mas os carros não buzinam mais
Quereria poder te tocar
mas meus braços são curtos demais
Hoje nada está no lugar
Estou cansado de tanto fazer, de tanto fazer
e de nada dizer
Preciso te encontrar
mas tu foges, tu foges, tu foges
lépida e ligeira
para longe, bem longe
encrustada nas florestas de espírito
e apenas te observo com meu gosto de camaleão
e minhas pintas de cereja
Comentários
luiz pretti
seu comentário (o primeiro) foi muito lúcido e coerente. As pessoas geralmente confundem um cinema/uma arte confessional com uma arte autobiográfica. Mas nesse caso, devo admitir: é isso mesmo. No entanto, nem sempre se precisa dizer, i.e ela já sabe. Ainda assim, suas palavras em muito me motivam. Mas no caso do poema, o que está em jogo, é a possibilidade de expressar os sentimentos, que faz (deve fazer, imagino) algum sentido para o artista.