Meu Cumpadi Zé Keti
Meu Cumpadi Zé Kéti
De Nelson Pereira dos Santos
MAM, qua 27 out 18:30
**
Ontem eu vi Meu Compadi Zé Kéti pela primeira vez, curta do NPS que eu já deveria ter assistido há mais tempo, mas nunca acabava dando. O filme é de uma simplicidade e de uma sabedoria comoventes. É impossível ver o filme sem ter em conta todo o histórico do seu diretor, um dos maiores nomes da história do cinema brasileiro e de sua relação com Zé Kéti (dado Rio 40º e Rio ZN). Ainda não me caiu totalmente a ficha, mas o filme traz muitas lições a nós realizadores que estamos começando. Nelson usa o digital com uma simplicidade quase absurda. O filme simplesmente filma um encontro de sambistas cantando músicas de Zé Kéti. Sabedoria: não se precisa de legendas para identificar os sambistas (pessoas do nível de Noca, Nelson Sargento, etc), eles simplesmente são. Não se precisa de entrevistas, cartelas, etc. Uma roda informal se faz: há o chapeuzinho numa cadeira vazia que simboliza a presença de Zé Kéti, e há claro o próprio Nelson, invisivelmente presente, cineasta “estrangeiro” ao mundo dos musicistas e ao mesmo tempo “em casa” (dado seu retrospecto). O que se tem é um estudo profundo sobre a intimidade no cinema e a forma de como expressar os sentimentos, que Nelson faz de uma forma simples e emocional, como se caracteriza toda sua filmografia. Um curta que é acima de tudo uma declaração de princípios, uma homenagem respeitosa, um abraço carinhoso a um passado, um resgate. Belo filme, me emocionou mesmo.
De Nelson Pereira dos Santos
MAM, qua 27 out 18:30
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Ontem eu vi Meu Compadi Zé Kéti pela primeira vez, curta do NPS que eu já deveria ter assistido há mais tempo, mas nunca acabava dando. O filme é de uma simplicidade e de uma sabedoria comoventes. É impossível ver o filme sem ter em conta todo o histórico do seu diretor, um dos maiores nomes da história do cinema brasileiro e de sua relação com Zé Kéti (dado Rio 40º e Rio ZN). Ainda não me caiu totalmente a ficha, mas o filme traz muitas lições a nós realizadores que estamos começando. Nelson usa o digital com uma simplicidade quase absurda. O filme simplesmente filma um encontro de sambistas cantando músicas de Zé Kéti. Sabedoria: não se precisa de legendas para identificar os sambistas (pessoas do nível de Noca, Nelson Sargento, etc), eles simplesmente são. Não se precisa de entrevistas, cartelas, etc. Uma roda informal se faz: há o chapeuzinho numa cadeira vazia que simboliza a presença de Zé Kéti, e há claro o próprio Nelson, invisivelmente presente, cineasta “estrangeiro” ao mundo dos musicistas e ao mesmo tempo “em casa” (dado seu retrospecto). O que se tem é um estudo profundo sobre a intimidade no cinema e a forma de como expressar os sentimentos, que Nelson faz de uma forma simples e emocional, como se caracteriza toda sua filmografia. Um curta que é acima de tudo uma declaração de princípios, uma homenagem respeitosa, um abraço carinhoso a um passado, um resgate. Belo filme, me emocionou mesmo.
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