homenagem melancólica
Mixei meu curtinha. Tecnicamente, ele está então pronto.
Agora, começa a parte mais difícil: a de pressionar os produtores a fazerem a cópia final.
Depois, a parte mais frustrante, em que possivelmente receberá o toco da grande maioria dos festivais brasileiros.
"Para quê?" - é a pergunta que fica ao final do processo.
Pensemos para frente, mais que para trás.
* * *
Há muito a ser dito, mas fico pensando na mensagenzinha anterior. "E o que fica?"
Fica, pelo menos desse curtinha, a homenagem - implícita, desapercebida, honestíssima, sincera - a um cineasta completamente esquecido, um ponto perdido no espaço, que fez filmes irregulares que tentaram equilibrar "razão, emoção e tesão", filmes imperfeitos pelos quais eu tenho o maior e mais absoluto respeito, e que, para o bem e para o mal, eu vou levar comigo, como exemplo do que seja a expressão pessoal no cinema de perfil mais clássico. Um filme solitário sobre um cinema solitário. Um filme sobre a derrota.
Fica desse curtinha uma satisfação: é possível sim a narrativa clássica refletir uma crise, e ser um produto altamente pessoal. Cada vez mais que assisto esse trabalho (e não aguento mais fazê-lo), bate um sentimento de vergonha: é como se eu tivesse feito - e em muito sentidos involuntariamente - uma radiografia - profunda, profética, sem volta - uma radiografia da minha alma - nua, solitária e em toda a sua belíssima morbidez.
Agora, começa a parte mais difícil: a de pressionar os produtores a fazerem a cópia final.
Depois, a parte mais frustrante, em que possivelmente receberá o toco da grande maioria dos festivais brasileiros.
"Para quê?" - é a pergunta que fica ao final do processo.
Pensemos para frente, mais que para trás.
* * *
Há muito a ser dito, mas fico pensando na mensagenzinha anterior. "E o que fica?"
Fica, pelo menos desse curtinha, a homenagem - implícita, desapercebida, honestíssima, sincera - a um cineasta completamente esquecido, um ponto perdido no espaço, que fez filmes irregulares que tentaram equilibrar "razão, emoção e tesão", filmes imperfeitos pelos quais eu tenho o maior e mais absoluto respeito, e que, para o bem e para o mal, eu vou levar comigo, como exemplo do que seja a expressão pessoal no cinema de perfil mais clássico. Um filme solitário sobre um cinema solitário. Um filme sobre a derrota.
Fica desse curtinha uma satisfação: é possível sim a narrativa clássica refletir uma crise, e ser um produto altamente pessoal. Cada vez mais que assisto esse trabalho (e não aguento mais fazê-lo), bate um sentimento de vergonha: é como se eu tivesse feito - e em muito sentidos involuntariamente - uma radiografia - profunda, profética, sem volta - uma radiografia da minha alma - nua, solitária e em toda a sua belíssima morbidez.
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